29.12.11

ensaio sobre a maternidade

Há exato 1 ano e 24 dias eu virei mãe. Na verdade a maternidade começa a crescer em você desde o momento em que você faz xixi num papelzinho e o resultado é positivo. A partir desse momento você pára de beber álcool, pensa mil vezes em tudo que come e começa a passar creme para estrias na barriga. E então, vem o sono descomunal e a barriga que começa a crescer. Acho que tudo isso faz parte de uma primeira etapa da tal maternidade.

E aí, depois de um longo trabalho de parto, de uma cesárea de ultimo minuto e dois dias no hospital, você volta para casa com o título que você carregará a vida toda: MÃE.

E aos poucos, ou bem rápido, você vai descobrindo coisas que antes nunca haviam passado pela sua cabeça. Você descobre o maior amor do mundo, e esse, não é da boca pra fora, como amor adolescente. É o amor REAL. O amor desmedido. O amor incontrolável. O amor de mãe e filho. E o melhor, é um amor multiplicável.

Junto com o amor, uma mãe também descobre as noites sem dormir, o cansaço físico. Uma mãe descobre que se o filho tem dor, nela dói um pouco mais forte, se o filho tem febre é nela que arde de verdade. O filho vai crescendo, e com ele, os sonhos de ver uma criança feliz e saudável vão aumentando em progressão geométrica e muitos dos medos vão desparecendo, dando lugar a outros e a novas dúvidas.

A maternidade faz com que uma mãe aprenda o significado do altruísmo. Ser mãe é deixar o egoísmo guardado num bauzinho... ser mãe é deixar a individualidade escondida num lugar esquecido, é não ter preguiça, ser incansável e sorrir no final de um dia esgotante. É dividir o sorvete, o chocolate, a salada, o macarrão... é não ter hora, é não ter vez.

Uma mãe desenvolve uma habilidade logística que nem ela sabia que poderia ter. Uma mãe é um check-list ambulante, é um radar em funcionamento 24hrs/dia.

Ser mãe é não dormir profundo... Nunca mais.

Ser mãe é se preocupar, uma e outra vez.

Ser mãe é carregar um poço de paciência na alma.

Ser mãe é amar, amar e amar. E quando você acha que o amor acabou, basta um pequeno sorriso para ele brotar.



3 comments:

Anonymous said...

Adorei o texto... Me identifiquei!!!
Feliz ano novo!
Foram bem de festas?
bjs

Marina said...

Que lindo, MP!!
Imagina se a grávida manteiga derretida não chorou aqui??!?!

Anonymous said...

Poxa MP, que bonito. Mae e escritora! escreva sempre, maninha.